As interfaces entre a gestão de recursos hídricos e o saneamento
- PMSB Rio das Ostras
- 14 de out.
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A gestão de recursos hídricos e o saneamento básico estão diretamente ligados. Quando tratados de forma conjunta, tornam-se capazes de gerar resultados mais amplos para a sociedade em diferentes dimensões: social, ambiental e econômica. A água, que é indispensável à vida, também é a base dos serviços de abastecimento, esgotamento sanitário e drenagem urbana. Por isso, pensar em saneamento sem considerar a gestão dos recursos hídricos significa limitar a compreensão de um desafio que exige planejamento integrado, cooperação entre instituições e participação da população.
Essa relação pode ser percebida quando se observa a influência direta que o saneamento exerce sobre a disponibilidade da água. A falta de sistemas de coleta e tratamento de esgoto, por exemplo, contamina rios, lagoas e aquíferos, comprometendo o abastecimento humano e atividades produtivas como agricultura, pesca e turismo. Ao investir em saneamento, o município também investe na proteção de mananciais e na manutenção dos ecossistemas aquáticos, o que garante segurança hídrica não apenas para a geração atual, mas também para as próximas.
A gestão de recursos hídricos, por sua vez, fornece instrumentos técnicos e regulatórios que são fundamentais para orientar o planejamento do saneamento. Os Comitês de Bacia desenvolvem ferramentas previstas na Política Nacional de Recursos Hídricos como os Planos de Bacia, e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos. Esses mecanismos permitem compatibilizar diferentes demandas — abastecimento urbano, irrigação, indústria e geração de energia — e equilibrar interesses diversos em torno de um mesmo bem comum.
Outro ponto importante é a prevenção de riscos e impactos ambientais. Quando a drenagem urbana é planejada junto com a gestão hídrica, há maior capacidade de reduzir enchentes, alagamentos e erosões que se intensificam em períodos de chuvas fortes e urbanização acelerada. Da mesma forma, uma gestão adequada de resíduos sólidos evita o assoreamento de rios e canais, além de reduzir a contaminação das águas superficiais e subterrâneas. Esses exemplos mostram que soluções articuladas entre saneamento e gestão hídrica produzem melhores resultados do que ações isoladas.
É nesse contexto que se explica o papel do Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras (CBH Macaé Ostras) como financiador do Plano Municipal de Saneamento Básico de Rio das Ostras (PMSBRO). Ao apoiar a estruturação do saneamento no município, o Comitê não apenas fortalece a política local, mas também contribui
ara a melhoria da qualidade das águas da bacia. Essa atuação conecta a missão institucional do Comitê com benefícios concretos para a população e para o território.
Compreender a relação entre saneamento e gestão hídrica é entender que ambos têm como objetivo comum assegurar condições de vida dignas, proteger o meio ambiente e permitir o desenvolvimento sustentável. O fortalecimento dessa integração amplia a capacidade de garantir segurança hídrica, reduzir desigualdades sociais e consolidar um modelo de gestão que responde às necessidades atuais sem comprometer as futuras.







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